Até fiquei de olhos em bico


Hoje, enquanto estava eu estacionado à espera da Denise, que tinha ido ao banco fazer um depósito, vejo aproximar-se perigosamente uma Mercedes Vito branca. Passou por mim a uns 30 centímetros, quando de repente decidiu virar para a direita demasiado cedo... e PUM.

Lá se estreou o Ibiza. Não foi muito, mas foi o suficiente para me deixar enervado... Eu que ando sempre com todos os cuidados para deixar o carro imaculado, e vem um chinoca estragar-me a viatura.

Comecei a falar com ele (felizmente até falava um bocado português) para ver como é que ele queria tratar do assunto. Ele disse-me logo que não valia a pena participar ao seguro, que era pouca coisa...

De qualquer forma, comecei logo a preencher a Declaração Amigável, pelo sim ou pelo não, e preenchi a minha parte toda (veículo A). Depois pedi-lhe os documentos dele para preencher o resto da declaração. Ele deu-me só o livrete da carrinha. Quando lhe pedi o registo de propriedade e carta do seguro, ele não tinha o registo de propriedade, e a carta verde mais recente que me apresentou tinha validade até Julho deste ano. Pelo menos tinha carta de condução... internacional, que caducava daqui a 5 semanas. Bonito. Não havia nada que nos garantisse a cobertura dos danos por parte do individuo.

Decidimos escolher entre 2 hipóteses: ou chamávamos a polícia para participar o acidente, ou ele tinha que nos pagar o valor da reparação.

Como não era nossa intenção arranjar problemas ao homenzinho, nem ele provavelmente iria gostar muito que a polícia soubesse que ele andava sem documentos e principalmente sem seguro, propusemos-lhe ir a uma oficina lá perto, para avaliarem os estragos e fazerem um orçamento para a reparação. Para garantir que ele realmente nos iria seguir, guardamos os documentos dele connosco.

Depois de falar com o dono da oficina, este viu o carro e deu-nos um orçamento para a reparação. O chinoca torceu um pouco o nariz, mas não demorou muito a pegar na carteira, recheada com um maço de notas de 50€ com 1cm de espessura, para nos pagar os danos causados.

Felizmente, apesar do transtorno que uma situação destas proporciona, acabou tudo bem e ninguém se magoou.

3 comentários:

Luís disse...

Provavelmente foi a melhor opção!

Nessas situações "embrulhadas" nnca se sabe quando é que o seguro não se tenta "pôr fora"...

Quanto ao carro, pelo menos tens uma vantagem, o próximo risco já não vai custar tanto! ;)

Gil disse...

Depende do risco!

Luís disse...

LOLOLOL